segunda-feira, 25 de março de 2013

Ainda sobre criatividade



    Continuando o papo da sexta...

    A lacuna criativa que o nosso modelo de educação cria é sentida ao longo da vida, principalmente em momentos de crise, que é quando somos obrigados a criar planos alternativos para resolver problemas que não foram resolvidos com os procedimentos padrão. Os famosos planos B, C, etc.
    Toda criança é criativa, elas criam mundos inteiros dentro de seus quartos. Mundos com lógica, personagens e mitologia própria e que às vezes extrapola o momento do brincar e que, infelizmente, em algum ponto são reprimidos pelos pais, professores e outras pessoas. Então, a boa notícia é que só precisamos lembrar como é. E lembrarmos que criatividade não está vinculada com habilidade, afinal quando éramos crianças não estávamos preocupados se aquele rabisco parecia ou não com a mamãe, mas era, para nós, a própria mamãe vivendo aventuras em nossos desenhos.
     Um sinalizador de que estamos precisando cada vez mais, e em mais áreas, resgatar nossa criatividade tolhida, é o surgimento de cursos e atividades voltados para o público adulto, que tem como proposta o desenvolvimento e o resgate da criatividade presa dentro de nós. A procura por esses curso e atividades está aumentando de maneira perceptível e, no mercado de trabalho, os profissionais criativos estão sendo cada vez mais valorizados, mesmo em atividade que no passado seriam consideradas de baixa necessidade criativa (áreas administrativas, por exemplo). A faceta criativa que antes era considerada um risco de indisciplina pelas grandes corporações, deixou de sê-lo no momento em que a concorrênia entre as empresas aumentou. Hoje o profissional criativo é considerado peça chave para se encontrar as soluções de novos problemas em um mercado tão competitivivo e dinâmico. 
     Eu acredito que quem entender isso e cuidar desse lado da sua personalidade já começará com um corpo de vantagem nessa corrida maluca e inevitável que é o mundo de hoje.
     Agora e escolha é nossa, turbinamos nossa criatividade ou vamos assistir o mundo passar do lado de fora das nossas janelas?


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